Incomodado com as más condições da passarela que sempre utilizava para atravessar a Avenida Washington Luís quando ia ao Aeroporto de Congonhas, o empresário Carlos Alberto Camargo envolveu amigos e, em 1999, criou uma instituição sem fins lucrativos, a Associação dos Amigos da Passarela (Aspa).

Mas a cada troca de administração municipal – a Aspa nasceu no fim da gestão Celso Pitta, passou por Marta Suplicy, José Serra, Gilberto Kassab, Fernando Haddad e, agora, João Doria – novas exigências burocráticas e entraves surgiam. O maior baque veio em 2007. “Quando o projeto estava pronto e a obra podia ser iniciada, teve a Lei Cidade Limpa. E assim perdemos parte dos apoiadores, empresas interessadas em ter, como contrapartida, a exposição da marca na passarela”, conta Camargo, hoje com 64 anos.

Dois anos se passaram e o Ministério Público Estadual interveio, cobrando a Prefeitura pelo reparo da passarela. A história ganhou novos contornos em 2012, com o tombamento do Aeroporto de Congonhas, que exigiu mais um novo projeto. Nesse período em que trabalhava na aprovação do projeto, o empresário acompanhou a passarela se definhar: foram quatro acidentes até ser interditada em 2015.

Neste ano, o reparo começou a sair do papel. Orçada em R$ 3,5 milhões, valor custeado por patrocinadores da iniciativa privada, a obra deve começar em junho – com previsão de cinco meses de trabalhos. Neste mês, deve ser aberta a concorrência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.