Os olhos de quem visita os 400 m2 da loja da joalheria Tiffany, no shopping Iguatemy, em São Paulo, simplesmente brilham. Não somente pelas jóias que estão à disposição de qualquer pessoa que tenha uma carteira recheada, mas sim pela exposição do acervo da tradicional joalheria de 164 anos. A Tiffany selecionou a dedo uma mostra de 32 peças que constituem a Colors of Adornment ? jóias adornadas com pedras preciosas coloridas desde 1870. A coleção percorre as principais lojas da Tiffany no mundo e estarão expostas em São Paulo até 30 de novembro.

Relíquia: O colar Finial confeccionado pelo designer Paulding Farnham
O que se vê nas redomas de vidro são peças confeccionadas pelos mais renomados designers ao longo dos anos e divididas em três coleções: ?O legado de George Kunz, que traz as primeiras jóias com pedras coloridas, Café Society, que apresenta as criações do período pós Lei Seca nos Estados Unidos dos anos 30, e A Tradição Continua, com peças atuais e modernas?, diz Laura Pedroso, gerente da joalheria no Brasil. Algumas delas poderão ser compradas. É o caso do colar multi-cabochon. Desenhado por Paloma Picasso, filha do mestre do cubismo Pablo Picasso, ele é confeccionado em ouro, água-marinha, turmalina verde, citrino e ametista, e custa R$ 96,8 mil.

O mais caro: O broche de safiras e diamantes sai por R$ 508,9 mil

Jóia lapidada: Diamantes e citrino por R$ 87,4 mil
Outra estrela da exposição é o broche Conch Shell, produzido por Jean Schlumberger, que foi designer da joalheria. Além de sua beleza proporcionada por uma combinação de ametistas, turmalinas rosas, diamantes e safiras cravejadas em ouro e platina, é a peça mais cara: R$ 508,9 mil. Mas nem todas podem ser cobiçadas. Algumas das jóias têm um valor inestimável e ficam guardadas a sete chaves nos acervos da Tiffany, em Nova York. O colar Finial, por exemplo, está entre elas. Trata-se de uma jóia criada em 1900 por Paulding Farnham, chefe de design da Tiffany entre 1891 a 1907. Ela mescla safira, água-marinha, topázio rosa e granadas descobertas nos Montes Urais. Peças como essa não têm um valor definido porque são recheadas de história e representam o marco de uma era como a linha Cocktail. O conjunto de pulseira, colar e brincos, feitos com diamantes, esmeraldas e ouro, foi produzido na época em que a Lei Seca, nos Estados Unidos, havia acabado. Nessa fase de glamour dos anos 30, os cafés, restaurantes e boates estavam em plena ebulição e os designers da época criaram peças fantásticas. Agora é a chance de vê-las reunidas.