O semblante da executiva Vera Valente, presidente da FenaSaúde, entidade que representa as operadoras, esconde uma imensa preocupação. O setor vive uma tempestade perfeita, com aumento das despesas, ordem da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para redução de 8,19% nos planos individuais e familiares — que vai tirar R$ 3,28 bilhões nas receitas das operadoras — e, como ela define, uma “pandemia de Projetos de Lei”.

Isso porque o PL 6.330, aprovado no Câmara, determina que 23 medicamentos (12 foram reprovados pela a ANS e nove proibidos no Canadá e na Inglaterra) sejam utilizados no Brasil para tratamentos oncológicos. “Os planos de saúde estão sendo alvejados por todos os lados”, disse. “Sem avaliação técnica, com medidas populistas e lobby violento dos laboratórios, o País está se tornando a lixeira dos medicamentos no mundo. Qualquer porcaria lá fora vai ser receitada aqui”, afirmou.

(Nota publicada na edição 1235 da Revista Dinheiro)