O desenvolvimento da rede de clínicas de depilação Espaçolaser é um caso digno de ser estudado em escolas de gestão. Pelo menos no que diz respeito a crescimento em tempos de crise. Não é exagero. Em 2015, a rede contava com 33 lojas e 300 funcionários em todo o Brasil. Na terça-feira 30 de outubro, ela abria a centésima loja na Grande São Paulo e a unidade de número 396 em todo o Brasil. Nesses três últimos anos, foram investidos R$ 230 milhões. “Vamos chegar a 400 lojas até o fim do ano, empregando mais de 5 mil pessoas”, diz Paulo Morais, copresidente da rede. Deste total, 100 lojas são próprias, 91 mistas – com sócios que possuem 49% da operação – e o restante é de franqueados. O segredo? “Na crise, as pessoas deixam de comprar um carro, fazer uma viagem, mas não deixam de se cuidar.”

 

Dobrar a meta

Os planos de expansão da rede, dona de um faturamento anual de R$ 800 milhões, são audaciosos. Dentro de três anos, Morais diz que a Espaçolaser terá 800 unidades no Brasil e na América Latina, o que fará a companhia dobrar o faturamento para R$ 1,6 bilhão. A expansão no continente começou pela Argentina, com uma loja inaugurada em setembro, e partirá para Paraguai, Uruguai, Chile e Colômbia. Além de Morais e do sócio e copresidente Ygor Moura, que mantêm o controle da empresa, a Espaçolaser conta com sócios como Tito Veiga Pinto, o fundador da rede, a apresentadora Xuxa Meneghel, o empresário José Carlos Semenzato, e a gestora americana L Catterton, que comprou 30% da empresa em dezembro de 2016.

(Nota publicada na Edição 1094 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Ralphe Manzoni Jr.)