Ele pediu recuperação judicial e mudou de nome para deixar para trás as manchas causadas pela operação Lava Jato, mas, ao que parece, não terá vida longa. Eis a situação do grupo Schahin, recentemente renomeado como Base, o conglomerado que pagou propinas para dirigentes petistas nos contratos de navios sonda da Petrobras e em operações suspeitas envolvendo seu banco. Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, por meio de uma medida cautelar, a suspensão do único contrato robusto que havia sobrado e que mantinha a empresa viva: o aluguel do navio sonda Vitória 10.000 à Petrobras, ao custo diário de US$ 500 mil. O contrato, sabidamente fraudulento, contribuiu para as condenações do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto; do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró; e do amigo do ex-presidente Lula, o empresário José Carlos Bumlai. O contrato valia até 2020 e era a única receita que mantinha de pé o processo de recuperação judicial do Schahin, afundado em uma dívida de R$ 6,5 bilhões. Procurados, os advogados da Schahin não se posicionaram.

(Nota publicada na Edição 1024 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Machado da Costa)