Muitos filmes hollywoodianos decretam o fim da Terra após a queda de um asteroide no planeta. Esse é um temor que assusta muita gente, por isso astrônomos e curiosos estão sempre de olho no espaço em busca de eventuais ameaças.

É a possibilidade da extinção que motiva o interesse da ficção por asteroides. Narrativas que se passam em cenários apocalípticos são bastante populares. Os cientistas, contudo, têm em mente que o futuro do planeta depende de tomar ações o mais rápido possível. Será que as chances de sermos atingidos por um asteroide são realmente relevantes? E ainda, será que, na vida real, as consequências seriam tão drásticas assim?

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Um evento catastrófico em escala global, causado por um corpo quilométrico, é raro. Um desses ocorre, em estimativa, a cada 50 milhões de anos. As consequências, contudo, são realmente graves. As cinzas e a poeira levantadas pelo impacto se espalhariam pela atmosfera, a ponto de bloquear a luz do sol. Entraríamos assim, em um longo e escuro inverno. Ainda, todos esses fragmentos caindo no oceano aumentariam a acidez das águas.

E como sobreviver a tudo isso? Embaixo do solo. E com muitos suprimentos. Com técnicas e tecnologias modernas, poderia ser possível até mesmo recomeçar a agricultura dentro dos abrigos subterrâneos, considerando que a fotossíntese acima da crosta terrestre seria impossibilitada pelo bloqueio da luz solar. Teríamos que lidar também com chuvas ácidas, com um solo também muito mais ácido e toda a argila formada pelo material derretido do planeta e do asteroide.

Ainda assim, o cenário para a vida na Terra é de extinção massiva de espécies. O que sobrevive, em geral, é o que é pequeno. A extinção dos dinossauros (por um corpo de cerca de 10 km), por exemplo, abriu espaço para a evolução de animais como toupeiras primitivas e o desenvolvimento dos mamíferos. Há ainda a chance de uma bactéria alienígena ser introduzida em nosso planeta. Geralmente, esses seres são melhor adaptados ao seu ambiente anterior e poderiam não sobreviver por aqui. De qualquer jeito, poderia ser um problema.