Esse carrinho elétrico vendeu mais que um Tesla Model Y na China. O feito aconteceu em dezembro de 2021, com 50.561 Wuling Hong Guang Mini EV, submarca da GM, vendidos, batendo em 10 mil o carro de Elon Musk, que também superou o seu próprio recorde, mas não alcançou a caixinha de fósforo móvel chinesa.

O número total de Mini EVs vendidos no ano foi de 395.451, uma clara mostra da eletrificação do país, a passos bem mais rápidos que outros países ocidentais. O mais impressionante: no exterior, custa perto de US$ 5 mil, ou R$ 25 mil, um pouco mais que um terço do preço de um Renault Kwid, o carro popular mais barato no Brasil. Como reza a tradição chinesa, estão construindo um carro elétrico por um preço inacreditável: as partes são genéricas, há espaço para quatro pessoas, o painel de instrumentos é uma grande tela de LCD e sua velocidade vai até 100 km/h, o que o habilita a ir para uma estrada.

A China também produz os chamados LSEVs, ou veículos elétricos de baixa velocidade, e esses praticamente ficam confinados a um campo de golfe (perdoando a piada). O Mini EV, no final das contas, é um carro para cidade, com autonomia de 170 km, e leva oito horas para carregar a pilha… Quer dizer, a bateria!

Fabio X

(Nota publicada na edição 1272 da Revista Dinheiro)