Elon Musk, de certa forma, fez um grande favor às cinco bigtechs, seus executivos de ponta e seus acionistas ao atrair todas as atenções midiáticas com a compra do Twitter por US$ 44 bilhões. A transação ocorreu exatamente na semana em que as maiores empresas de tecnologia anunciaram os resultados do primeiro trimestre de 2022. E eles foram de novo excelentes em receita. Nenhuma deixou de crescer. Apesar do mau humor do mercado com elas, o fato é que o caixa continua tendo um fluxo praticamente sem igual na história do capitalismo. Todas as cinco tiveram variações positivas nas receitas e apenas uma (Amazon) teve prejuízo no período. Mas as ações ainda penam. E nenhuma tem valor de mercado semelhante ao de janeiro.

Amazon

Na Amazon, as vendas líquidas no primeiro trimestre de 2022 somaram US$ 116,4 bilhões, alta de 7% sobre o ano anterior. A linha de Serviços (US$ 60 bilhões) superou a de Produtos (US$ 56,4 bilhões) e ficou 17% acima do resultado obtido no primeiro trimestre do ano passado. Mesmo com o avanço expressivo, o resultado líquido geral ficou negativo em -US$ 3,8 bilhões (foi positivo em 2021: US$ 8,1 bilhões). Do começo de janeiro até o fim de abril, o preço das ações desabou -27%.

Apple

Com receitas trimestrais de US$ 97,3 bilhões, a Apple superou em mais de 8% o resultado de US$ 89,6 bilhões do período janeiro-março de 2021. O faturamento com a linha Serviços chegou quase a US$ 20 bilhões, salto de 17% sobre o trimestre equivalente de 2021, e hoje representa 20% das receitas totais da companhia. O lucro líquido foi de US$ 25 bilhões no trimestre, contra US$ 23,6 bilhões de 2021. As ações da empresa caíram -13% entre janeiro e fim de abril

Google/ Youtube (Alphabet)

Um expressivo salto de 23% nas receitas trimestrais. A Alphabet, que tem as marcas Google e YouTube, fez US$ 68 bilhões de receitas no primeiro trimestre, sobre os US$ 55,3 bilhões dos primeiros 100 dias de 2021. O resultado líquido, apesar de expressivo (US$ 16,4 bilhões), ficou -8% abaixo do primeiro trimestre do ano passado (US$ 17,9 bilhões). Neste ano, até o fim de abril, os papéis da companhia caíram quase -21%.

Facebook/Instagram/WhatsApp (Meta Platforms)

Entrou no caixa um parrudo faturamento de U$ 27,9 bilhões no primeiro trimestre, quase 7% acima do resultado de 2021 (um pouco menos de US$ 26,2 bilhões). Mas o lucro líquido não acompanhou e caiu de US$ 9,5 bilhões para US$ 7,5 bilhões, redução de -21%. As ações custam hoje menos -40,7% em relação ao começo de janeiro, a maior oscilação negativa entre as cinco companhias.

Microsoft/LinkedIn

No trimestre encerrado em março, a empresa teve receitas de US$ 49,3 bilhões. Em um ano, elas ficaram 18% acima dos primeiros três meses de 2021. O lucro líquido foi de US$ 16,7 bilhões. Pouco mais de 8% acima de 2021. Hoje, a linha Serviços responde por dois terços das receitas em relação à linha Produtos. As ações da empresa entre o começo de janeiro e fim de abril variaram -17%.