Otimista com o potencial de crescimento do País, o Grupo Solvay, empresa que atua em vários segmentos do mercado químico, pretende manter a média de investimentos anuais no País, de US$ 60 milhões, até 2020. “O Brasil continua muito importante para os negócios do Grupo. Só é necessário que sejam superadas o mais rápido possível as questões políticas, que têm impacto na macroeconomia, e que sejam aprovadas e regulamentadas as reformas necessárias”, analisa Pascoal Juéry, membro do comitê executivo da Solvay que é responsável pela supervisão dos negócios na América Latina. Nos últimos cinco anos, contando com os recursos investidos aplicados em aquisições de fábricas ligadas às especialidades químicas, a empresa investiu cerca de US$ 300 milhões em suas atividades no País. Uma das principais apostas é a sustentabilidade ­– a meta do grupo para 2025 é alcançar 50% do faturamento com produtos sustentáveis. Em 2016, esse percentual foi de 43%. Outra missão é a de expandir os negócios de peróxidos na América Latina. No fim do ano passado, a companhia inaugurou no Maranhão uma mini-planta dedicada a um cliente, operada remotamente, na fábrica da Suzano. Foi a primeira fábrica desse tipo no mundo, e desenvolvida com tecnologia brasileira. Entre os vários segmentos da companhia no Brasil estão a produção de solventes, fibras, sílica e polímeros especiais. O Grupo registrou, em 2016, vendas de US$ 1,3 bilhão na América Latina, o equivalente a 10% do faturamento mundial. A maior parte desse montante, cerca de 90%, foi obtida com vendas no Brasil.

(Nota publicada na Edição 1051 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Carlos Eduardo Valim e Rachel Rubin)