O presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, afirmou que o Nubank é uma ameaça para a estratégia digital do banco, mas que a fintech assim como os demais novos entrantes têm de ser respeitados. “Eu gostaria de ter os cinco milhões de clientes do Nubank. O Nubank é uma ameaça, mas vem fazendo um bom trabalho e precisa ser respeitado”, destacou ele, em almoço com a imprensa, nesta tarde de sexta-feira, 14.

Apesar de ressaltar o trabalho do Nubank, o presidente do Bradesco ressaltou a necessidade de se levar em conta os serviços prestados e também as tarifas. Essa semana, a fintech brasileira lançou um cartão de débito, conforme antecipou a Coluna do Broadcast, que pode ser usado para pagamentos e também para saque de recursos nos caixas eletrônicos (ATM, na sigla em inglês) da rede do Banco24horas, mas com a cobrança de uma taxa para cada retirada.

De acordo com o presidente do Bradesco, o braço digital da instituição, batizado de Next, superou as expectativas e deve encerrar o ano com 500 mil clientes. “Nossa meta era abrir entre 2 mil e 2,5 mil contas por dia. Já estamos abrindo 5 mil. O Next é uma aposta vencedora e acreditamos que vai se fortalecer como um canal de distribuição do banco”, avaliou ele.

Já o cartão de crédito do Bradesco para concorrer com o Nubank, o digio, conforme o vice-presidente do banco, Marcelo Noronha, deve bater a casa do 1 milhão de clientes.

Agências

Do lado da rede física, o presidente do Bradesco disse que os ajustes de fechamento de agências já ocorreu e que atualmente o trabalho que o banco tem feito é apenas de acompanhamento diário e mudanças pontuais. Ele lembrou que a instituição fechou 457 agências em 2016, 200 no ano passado e deve encerrar o exercício atual com menos 150 unidades.