Demorou, mas o Vale do Silício parece estar finalmente tomando atitudes mais rigorosas em relação a casos de assédio. O CEO do Google, Sundar Pichai (primeira imagem) enviou na semana passada uma carta para seus funcionários informando que a companhia criou um site com ferramentas de denúncia e recursos para o atendimento e aconselhamento das vítimas. Outra iniciativa da empresa será promover um treinamento obrigatório sobre assédio sexual. As medidas chegam após um escândalo recente causar abalos sísmicos na reputação da gigante das buscas. Uma reportagem do jornal The New York Times revelou que a empresa acobertou três denúncias de assédio sexual envolvendo Andy Rubin (segunda imagem), criador do sistema operacional Android. Em um dos episódios, em 2013, ele teria forçado uma funcionária a ter relações sexuais. O caso chegou ao conhecimento de Larry Page, o todo-poderoso da Alphabet, holding que controla o Google. Ciente disso, o engenheiro teria sido forçado a renunciar ao cargo, o que aconteceu em 2014,mas não sem antes receber uma bonificação de US$ 90 milhões pelos serviços prestados.

(Nota publicada na Edição 1096 da Revista Dinheiro)