T ambém no e-commerce o Brasil vive um retrato da desigualdade digital quando se comparam dados de consumo e populacional. A partir de uma base com mais de 40 milhões de pessoas cadastradas, a Social Miner mapeou o perfil do consumidor brasileiro e seu comportamento durante o primeiro semestre do ano nas compras do varejo on-line. E o que se vê é uma forte concentração de quase 2/3 das receitas no Sudeste, que tem 42% da população do País. Resumidamente, a região tem quatro de cada 10 brasileiros, mas gasta R$ 2 de cada R$ 3 no comércio eletrônico.

Sozinho, São Paulo, que tem pouco mais de 1/5 dos habitantes, fica com mais de 1/3 do movimento do setor. Mas já foi mais. No ano passado o estado respondia por 40,5% do e-commerce brasileiro. Na ponta oposta estão as regiões Norte (8,77% da população e 2,68% do e-commerce) e Nordeste (27,15% dos habitantes e 14,26% do varejo on-line). Há um setor, no entanto, em que a distribuição está bem equilibrada, o de Hoteis e Viagens. O Sudeste fez 31,5%, seguido por Nordeste (28,8%), Centro-Oeste (14,9%), Norte (13,4%) e Sul (11,4%).

No primeiro semestre de 2019, as vendas no varejo on-line somaram R$ 26,4 bilhões — alta nominal de 11,8% sobre o mesmo período de 2018, quando o volume foi de R$ 23,6 bilhões. Os dados são da Ebit/Nielsen.