18/08/2010 - 21:00
E o apoio vai muito além da questão financeira. O frigorífico, que tem entre os sócios o empresário José Batista Júnior, se dispõe a prestar apoio logístico em todos os locais por onde a candidata passar, oferecendo inclusive seus aviões. Para quem não se lembra, o JBS-Friboi é uma das novas “multinacionais brasileiras”, turbinadas pelo capital do BNDES.
Sucessão II
… e o mão fechada
No plano estadual, o governador que mais arrecadou foi Sérgio Cabral, que concorre à reeleição no Rio de Janeiro. No entanto, estranhamente, ainda não caiu no caixa de Cabral a doação de Eike Batista, homem mais rico do Brasil, com uma fortuna de US$ 27 bilhões e um dos patrocinadores da campanha Rio 2016.
Indústria
Caminho sem volta
Há no empresariado, notadamente do setor industrial, uma firme convicção de que — ganhando ou perdendo a eleição para o governo paulista — Paulo Skaf não voltará para a Fiesp. Isso porque, em caso de derrota, ele poderia ser convidado para um dos ministérios de Dilma Rousseff. Provavelmente, o do Desenvolvimento.
Transportes
Hora da mudança
Está prestes a ser anunciada a venda de uma participação acionária relevante da Granero Transportes, a maior empresa de mudanças do País, para um fundo de private equity internacional. Fundada há 43 anos, a empresa já está na sua terceira geração e a entrada do novo sócio pode solucionar conflitos familiares internos.
Previdência
A guerra interna no BB
A revelação de que a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, funcionaria como uma máquina de dossiês contra adversários políticos, pode frear a indicação de Sérgio Rosa, ex-Previ, para o comando da Brasilprev, empresa de previdência controlada pelo BB. O atual presidente da companhia, Tarcísio Godoy, luta para continuar no cargo e tem a bênção do ex-ministro Antônio Palocci.
Telefonia
O novo alvo da Oi
O empresário Sérgio Andrade, um dos controladores da Oi, tem mantido contato permanente com a cúpula da Telefônica. Seu objetivo é adquirir a participação que os espanhóis possuem no capital da Telecom Italia e assim se candidatar à compra da TIM no Brasil. Se isso vier a acontecer, a Oi voltaria a superar a Telefônica como a maior empresa de telecomunicações do Brasil.
Horário eleitoral: socorro
Curtas
O mexicano Carlos Slim, que fez uma oferta pelas ações da NET, irá fechar o capital da companhia se a proposta for aceita. Ato contínuo, ele integraria a NET à Claro e à Embratel. Slim quer liberdade para tomar decisões estratégicas nas três empresas, sem ter no encalço minoritários inconvenientes.
A Renova Energia fez uma abertura de capital às avessas: na sua estreia na bolsa de valores, a maior parte da bolada de R$ 160 milhões teve como endereço o Santander e o fundo FIP Ambiental, administrado pelo banco espanhol. Adivinha quem estruturou a operação de IPO da geradora de energia elétrica? Isso mesmo: o próprio Santander.