Sabe aquele ditado:  quando alguém chora sempre surge alguma pessoa para vender um lenço? Pois ele cai como uma luva no caso do desastre ambiental causado pelo colapso da plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum, no Golfo do México.

A explosão do equipamento deu origem a um megavazamento de petróleo que, desde 20 de abril, lançou uma nuvem de insegurança sobre boa parte dos setores econômicos das cidades costeiras dos Estados de Louisiana, Alabama, Mississippi e Flórida. Ironicamente, a mesma catástrofe está garantindo um ganho extra para companhias de várias cidades do país.

E isso se deve aos bilhões de dólares gastos nos serviços de contenção do avanço da mancha de óleo, da limpeza das praias, além do tratamento dos animais afetados pela poluição. A revista americana Businessweek elaborou uma lista com os beneficiados.

A relação inclui desde pequenos negócios, como a T+T Boat Rentals, empresa de aluguel de barcos situada em Buras (Louisiana), potências como a empreiteira americana Fluor, de Irving (Texas), e companhias em situação difícil, como a Prestige Products, de Grand Rapid (Michigan), fabricante de boias de contenção. Até mesmo o ator Kevin Costner, sócio da Ocean Therapy Solutions (OTS), está lucrando.

Desde 1993, Costner e seus parceiros já despejaram US$ 20 milhões no desenvolvimento de uma centrífuga capaz de separar o petróleo da água do mar. Em 22 de junho, a BP encomendou 32 centrífugas de uma só vez.

O ocaso da BP não gerou rendimento extra apenas para operários, pilotos de lancha, camareiras de motel e garçonetes que atendem milhares de trabalhadores que chegam de todas as partes do país. As firmas de advocacia estão em busca de potenciais clientes e os lobistas americanos  também se mobilizam para extrair dividendos do desastre. Acompanhe a seguir os principais números da tragédia:
 

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