O Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central lançado hoje, promete um serviço mais rápido de transferências, 24 horas por dia e sem taxas de transferência, o que deve impactar os bancos e empresas de pagamento.

A tecnologia deve reduzir a quantidade de operações via DOC e TED, que são cobradas pelas instituições financeiras, mas não promete diminuir consideravelmente as receitas de bancos.

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Um exemplo disso é o Itaú Unibanco, em que as taxas de TEDs e DOCs representam menos de 1% da receita de serviços do banco. Além disso, o Pix vai refletir num aumento em pessoas bancarizadas, segundo o CEO do Itaú, Candido Bracher, em entrevista para a Exame.

Outro aspecto é a redução do uso de dinheiro físico com o Pix. De acordo com o Banco Central, as instituições financeiras gastam cerca de R$ 10 bilhões por ano com transporte, guarda de numerário e despesas com segurança.

Empresas de pagamento

Com a chegada do novo sistema, as empresas de meios de pagamento, que operam com maquininhas de cartão, também podem sofrer um impacto. Um levantamento realizado pela consultoria alemã Roland Berger, e divulgado pela Exame, aponta que o mercado de adquirência – empresas de serviços financeiros que fazem a intermediação de pagamentos realizados com cartões de crédito e de débito –  pode deixar de arrecadar até R$ 13 bilhões por ano em receitas com o lançamento do Pix. A projeção considera apenas o sucesso absoluto do Pix, a ponto de substituir o uso de cartões de débito e maquininhas.