O consultor, palestrante e empresário César Souza participou da live da revista Istoé Dinheiro nesta segunda-feira (22). Fundador e presidente do Grupo Empreenda, Souza é também escritor e autor de diversos best-sellers que tratam de áreas como recursos humanos, empreendedorismo e sobre o mundo do trabalho, dentre os quais se destacam “Você é do Tamanho dos seus Sonhos”, “Seja o Líder que o Momento Exige” e “Cartas a um Jovem Líder”. Sua obra somada já vendeu mais 400 mil exemplares. Na entrevista, ele fez um diagnóstico sobre o futuro do trabalho, oportunidades de negócios, comportamento das pessoas e de novas carreiras profissionais que estarão em alta até o final desta década. “O futuro não estará mais focado no ensino, mas no aprendizado.”

Na entrevista, César avalia que “a pandemia acelerou o futuro”. Para ele, as mudanças vieram para ficar e elas modificaram o comportamento das pessoas, tanto em relação ao consumo (de alimentos ao vestuário) como nas novas relações de trabalho (com o experimento forçado do home office).

Em sua avaliação, essas transformações vão levar a mudanças substanciais no dia a dia das pessoas. “É uma revolução. As pessoas querem consumir de outras formas.” Souza entende que nessa nova lógica, a integração, a inovação e capacidade de superação serão condições “sine qua non” para definir gestores e gestões. “O grande líder é aquele que junta o injuntável”, afirma.

De acordo com o consultor, estes novos tempos no mundo do trabalho, inexoravelmente, jogarão por terra conceitos e práticas como a supervisão. “É uma expressão da era Industrial.” César afirma que a história de funcionários controlando a produtividade das pessoas não tem mais qualquer serventia. “Existe uma nova competência, o local de trabalho não vai mais existir. Hoje é tudo dentro de casa, no trânsito, no metrô, no táxi e até no banheiro. O local de trabalho é tudo.”

No bate-papo, César Souza explica que o futuro do trabalho exigirá profissionais questionadores, com competência digital, além de saber operar aplicativos, mas como forma de pensar um mundo menos rígido. “O futuro será de profissionais multifuncionais, como o canivete suíço. A matéria prima será mais um conjunto de habilidades e não será de competências técnicas.” O consultor alerta que mais importante que ser expert em determinada função, “o saber pensar será mais importante do que o saber fazer.”

Para ele, o mundo dos negócios estará muito mais fragmentado e a tendência é que ganhe espaços os empreendedores que se voltarem para nichos do mercado. César avalia que os personagens que serão bem-sucedidos neste “novo normal” são os que tiverem um conjunto de habilidades e não apenas um conjunto de competências. Inovação, protagonismo, assertividade, curiosidade, apetite por aprendizado, determinação capacidade de sonhar e de fazerem as coisas acontecerem, serão as qualidades de um profissional do futuro. “Eu acho que todas essas mudanças estão mostrando um mundo muito mais volátil, mais amigo, muito mais diverso e que exige de cada um de nós a competência. No futuro, não vai se olhar o tempo em que a pessoa sabe fazer, mas a capacidade que essa pessoa tem de aprender continuamente, de se reinventar”, conclui.