O marketing esportivo é uma das principais ferramentas das empresas para cativar os aficionados por um esporte ou por um clube. Aliar o nome de uma marca a um ídolo vencedor, então, é quase certeza de sucesso. Quase.
 

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Fora de campo: o clube suspendeu o contrato do atleta para evitar problemas de imagem e de patrocínio
 

Na semana passada, a prisão de Bruno, goleiro do Flamengo, principal suspeito no caso do assassinato de Eliza Samudio, sua ex-namorada, mostrou os efeitos negativos dessa associação. A Vulcabras, dona da marca Olympikus, que patrocina o Flamengo há um ano, rompeu o contrato que tinha com o goleiro. A marca vendia camisas que levavam a assinatura dele. Para se ter uma ideia, a rede de lojas Centauro afirma que vai liquidar todo o seu estoque de peças com o nome do jogador.

Para evitar que o problema respingue no clube, a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, suspendeu temporariamente o contrato com o atleta, que perde um salário de R$ 200 mil. “O clube está trabalhando direito”, diz José Tejon, consultor em imagem corporativa.

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“Um patrocinador veria problemas se o caso envolvesse o clube ou se o goleiro estivesse em comerciais”, completa. Além da Olympikus, que paga R$ 21 milhões ao ano à equipe, o time tem patrocínio da Batavo (R$ 22 milhões) e do BMG (R$ 10 milhões). Procurada, a Olympikus afirmou, por meio de sua assessoria, que manterá o contrato com o clube. Batavo e BMG afirmaram que não se pronunciariam.