O G7, cuja cúpula se celebra nesta sexta-feira e sábado no Canadá sob um clima de tensão, é um grupo informal de grandes potências criado em 1975 para discutir temas econômicos.

Em suas origens, foi um foro para que as principais democracias industrializadas discutissem sobre a economia global, mas a agenda se ampliou para temas como paz, meio ambiente e combate ao terrorismo.

A primeira reunião do grupo ocorreu em Rambouillet, na França, em 1975, após a primeira crise do petróleo.

Em Rambouillet, seis países – França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos participaram deste G6, grupo ao qual se uniu o Canadá em 1976, dando lugar ao G7 atual.

A iniciativa nasceu do presidente francês, Valéry Giscard d’Estaing, que propôs entregar aos líderes dos países os temas abordados habitualmente por seus ministros da Fazenda.

Na década de 80, o agravamento das relações entre Leste e Oeste deu um tom mais político às reuniões.

Na cúpula de Williamsburg (1983), por exemplo, se adotou uma declaração sobre a segurança na Europa, em apoio à política do presidente americano, Ronald Reagan, em relação à Moscou, apesar das reservas do presidente francês, o socialista François Mitterrand.

O colapso da União Soviética, no final de 1991, mudou completamente o panorama, e a Rússia participou como convidada em 1992. A partir de 1998, esteve em todas as reuniões do rebatizado G8.

A partir de 1999, em um período de sucessivas crises financeiras, o G8 passa a ser questionado como um “clube de ricos”.

Então, as grandes potências decidem se reunir com os países emergentes sob um novo formato, o G20, com o objetivo de tentar resolver ou evitar as crises financeiras.

Em 2001, a cúpula de Genova foi marcada por violentas manifestações de militantes contra a globalização, que deixaram um morto e vários feridos.

Os manifestantes questionavam a utilidade e a legitimidade do G8 e exigiam a anulação da dívida dos países pobres.

As cúpulas que se seguiram também enfrentaram manifestações e foram realizadas sob estritas medidas de segurança.

Em 2014, a Rússia de Vladimir Putin foi suspensa do G8 por ter anexado a península ucraniana da Crimeia.

Em 2017, a unidade do G7 foi quebrada pelas divergências em torno da questão do clima, na primeira cúpula com a participação de Donald Trump, na Sicília. Pouco depois, o presidente americano anunciou sua retirada do Acordo de Paris.