Uma disputa travada nos bastidores vem movimentando o mundo fashion. De um lado está o empresário e estilista Amir Slama, o criador da grife de moda praia Rosa Chá, e do outro se encontra o grupo Marisol, capitaneado por Giuliano Donini. Em 2006, Slama vendeu 75% de sua grife para o grupo e, em 2009, se desfez do restante. 
 

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Slama: ele vendeu sua grife Rosa Chá para o grupo Marisol, de Santa Catarina, mas deverá ir à Justiça
 

Desde então, os dois iniciaram uma espécie de guerra fria. Em uma entrevista à DINHEIRO, em fevereiro deste ano, Slama chegou a alfinetar: “Faltou habilidade do grupo ao qual me juntei para gerir a logística do negócio. O que era para melhorar, virou algo diferente.” Agora, mais um capítulo esquentou as desavenças.

DINHEIRO apurou que Slama recebeu uma intimação judicial do shopping Iguatemi, de São Paulo, referente a uma ação de despejo da loja Rosa Chá. Motivo: um franqueado da grife não fez a renovação do ponto, avaliado em R$ 1,7 milhão, e o shopping decidiu agir.

Acontece, entretanto, que o nome de Slama – mesmo fora da operação – constava como fiador. Ou seja, o grupo Marisol não havia regularizado a situação das lojas desde a saída de Slama.

Apesar de o Iguatemi ter voltado atrás, tirado Slama da pendenga e mudado o processo – desta vez contra o franqueado – ficou uma rusga. Procurados, Amir Slama, Giuliano Donini e o shopping Iguatemi, por meio de sua assessoria, afirmaram que não comentariam o assunto.

No universo da moda, porém, a aposta é de que esse é apenas o início de uma longa batalha entre Slama e o Marisol. O estilista estaria descontente com o negócio fechado com o grupo de Santa Catarina e pretenderia rediscutir alguns pontos na Justiça. Isso, para usar o jargão de quem está acostumado com o corte e costura, ainda vai dar muito pano para manga.