A Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas (IPBES) deverá revelar, ao final de sua reunião em Medellín, um diagnóstico do estado da flora e fauna do planeta. Veja os dados que já são conhecidos:

– Duas espécies de vertebrados desapareceram em média a cada ano durante um século.

– A Terra está atualmente experimentando uma “extinção em massa”, a primeira desde o desaparecimento dos dinossauros há cerca de 65 milhões de anos e a sexta em 500 milhões de anos.

– Cerca de 41% dos anfíbios e mais de um quarto dos mamíferos correm o risco de extinção.

– Quase metade dos recifes de corais desapareceu nos últimos 30 anos.

– As populações de 3.706 espécies de peixes, aves, mamíferos, anfíbios e répteis diminuíram 60% em apenas 40 anos desde 1970.

– 25.821 das 91.523 espécies (28,2%) listadas na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), atualizada em 2017, foram classificadas como “ameaçadas”.

– Deste total, 5.583 estão “criticamente ameaçadas”, 8.455 “em perigo” e 11.783 “vulneráveis”.

– O número de elefantes africanos diminuiu em cerca de 111 mil entre 2006 e 2016, caindo para 415 mil indivíduos.

– Nosso planeta tem cerca de 8,7 milhões de espécies de plantas e animais, incluindo 86% de espécies terrestres e 91% de espécies marinhas que ainda não foram descobertas.

– Das conhecidas e inventariadas, 1.204 espécies de mamíferos, 1.469 de aves, 1.215 de répteis, 2.100 de anfíbios e 2.386 de peixes estão ameaçadas.

– 1.414 espécies de insetos, 2.187 de moluscos, 732 de crustáceos, 237 de corais, 12.505 de plantas, 33 de cogumelos e seis de algas pardas também estão ameaçadas.

– As perdas econômicas decorrentes do desmatamento e da degradação das florestas representam 4,5 trilhões de dólares.

– Uma conferência da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CBD), que surgiu da Cúpula da Terra no Rio de Janeiro em 1992, estabeleceu em 2010 em Nagoya, no Japão, um programa de 20 pontos para acabar com a perda de biodiversidade até 2020.

– Estas “Metas de Aichi” aspiram, entre outras coisas, a reduzir pela metade a taxa de perda de hábitat, expandir as áreas de conservação terrestre e marítima, prevenir a extinção de espécies ameaçadas e restaurar pelo menos 15% dos ecossistemas degradados.

Fontes: Relatório Planeta Vivo da WWF, Lista Vermelha da IUCN, revista científica PLoS Biology, Atas da Academia Nacional de Ciências dos EUA, CBD, Grupo de Estudo sobre Economia de Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB)