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VOCÊ JÁ PENSOU EM investir em metais? Assim como as commodities agrícolas, eles são negociados em bolsas de derivativos e tiveram sua demanda multiplicada graças à arrancada dos países emergentes. Cobre, zinco, chumbo, alumínio e outros metais que não possuem minério de ferro em sua composição se destacam no mercado mundial e despertam a atenção dos hedge funds estrangeiros. Seus preços subiram, mas não tanto como os das commodities agrícolas. Isso significa que ainda há muito espaço para crescer.

No Brasil, já é possível investir em alumínio, cobre, chumbo, zinco, níquel e estanho. Contratos a termo desses metais foram disponibilizados há dois meses no mercado de balcão da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). No entanto, nenhuma negociação tinha sido realizada até a quarta- feira da semana passada. Há tempos as instituições financeiras nacionais estão de olho nas commodities metálicas da London Metal Exchange (LME), o centro mundial de negociação de metais não-ferrosos, em Londres. Especula-se que em breve alguns bancos lançarão fundos de investimento em metais para o investidor de varejo brasileiro. E você contará com mais uma opção para diversificar sua carteira.

Passa de US$ 200 MIL o montante em um contrato de cobre na LME

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As gestoras e butiques de investimento têm condições de montar estratégias de aplicação em commodities metálicas para seus clientes mais ricos, do segmento de private banking. Cesar Canali, vicepresidente para a América Latina da corretora MF Global, é responsável pela negociação de muitos dos contratos de clientes brasileiros em Londres. ?Isso já vem acontecendo há algum tempo?, afirma. E quem são esses ?metaleiros?? ?Empresas sofisticadas que procuram hedge (proteção) contra a oscilação dos preços dos metais?, conta. As instituições nacionais formam parcerias com corretoras internacionais para operarem na LME. ?Os bancos estão nos procurando para montar estratégias para fundos de investimento em commodities metálicas. E esses fundos são para o varejo?, explica Canali, sem citar nomes. O Santander não confirma a criação de um fundo, mas a partir de setembro oferecerá aos clientes brasileiros a possibilidade de investir em contratos de commodities metálicas no Exterior. ?Continua sendo uma operação internacional, mas distribuída por uma corretora local e com atendentes que falam português?, afirma André Salgado, membro da tesouraria do Santander Brasil. Como os montantes são altos ? um contrato de 25 toneladas (o mínimo na LME) de cobre envolve uma quantia superior a US$ 200 mil ?, os produtos serão direcionados aos clientes especiais. ?Nosso foco são mineradoras, joalherias, empresas de equipamentos médicos e especuladores?, diz Salgado. ?Estimamos que apenas 10% dos clientes desse tipo de operação sejam pessoas físicas.?