A transição para uma economia verde, necessária para o controle do aquecimento global, exigirá de todos um novo modelo de vida. Não bastará exigir de governos e empresas redução nas emissões de gases de efeito estufa, tratamento de resíduos e economia de recursos naturais se o cidadão não fizer sua parte. É imperativo que cada um tenha padrão de consumo baseado no não desperdício.

O Brasil vive neste momento o dilema que esse novo modelo de desenvolvimento exigirá. Com uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, a falta de chuva prejudica o abastecimento de água, principal fonte energética.

Do governo federal espera-se políticas de investimentos para a criação de fontes alternativas — e igualmente limpas, como a solar e a eólica. Já do consumidor, o bom senso no uso racional da água e da luz. Quem exige demanda ininterrupta dos serviços que vem do planeta, terá de arcar com uma conta alta.

Evandro Rodrigues

(Nota publicada na edição 1241 da Revista Dinheiro)