Criticadas por não favorecer a biodiversidade, as florestas de espécies únicas (como as de eucalipto) comprovam ser um caminho, se não o ideal, possível para a preservação de espécies. Um estudo publicado pela Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) revelou que área das empresas associadas à entidade já soma 6 milhões de hectares (o equivalente ao estado do Rio de Janeiro), e que nesses espaços já foram observadas 2,8 mil espécies de fauna.

O maior grupo é o de aves (1.180), seguido por anfíbios (310), mamíferos (306) e répteis (240), além de alguns outros das classes de aracnídeos e insetos. Os números são computados pelas 57 associadas que possuem negócios em diferentes fases na cadeia da indústria como celulose, papel, painéis de madeira, pisos laminados e florestas energéticas.

Hoje, 100% da base possui monitoramento da biodiversidade. Mas é preciso salientar que essa área é descontínua, o que cria ilhas isoladas e limita o deslocamento dos animais. Isso dificulta sua reprodução e o reflorestamento natural por meio de sementes distribuídas por espécimes da fauna.

Evandro Rodrigues

(Nota publicada na edição 1287 da Revista Dinheiro)