No programa MOEDA FORTE desta semana, Carlos Sambrana, diretor de redação da ISTOÉ DINHEIRO, recebe Marco Silva, CEO da Nissan no Brasil. Nos últimos anos, em plena crise econômica, a montadora japonesa investiu mais de R$ 3 bilhões no mercado brasileiro. Uma parte desse dinheiro foi usada na construção de uma fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, e mais de R$ 700 milhões foram destinados ao projeto Kicks, o pequeno SUV que se tornou sucesso de mercado.

Nesta entrevista, o executivo conta quais são os novos investimentos da companhia, os carros que serão trazidos para o Brasil, as impressões sobre o mercado automobilístico nacional e destaca as tecnologias que irão guiar o futuro da marca.

Neste terceiro bloco (acima), ele fala sobre o mercado automobilístico no Brasil. De acordo com o executivo, o desenvolvimento, o fornecimento, o transporte e a importação de peças têm um custo que não existe nos outros países. E somam-se a isso, impostos, burocracia, insegurança e processos internos. “Precisamos desenvolver e abrir nossa indústria para ganharmos competitividade dentro do próprio País”, afirma. Silva observa que se hoje acabassem todas as barreiras para a importação, a indústria brasileira ficaria muito reduzida. “O Brasil precisa de um programa de desenvolvimento para toda a cadeia produtiva”, destaca.

BLOCO 2

O executivo fala sobre o desempenho da marca na crise. De acordo com o executivo, a empresa teve de rever a base de custos, otimizar produtos e versões, e trabalhou fortemente com a sua rede de concessionárias. Além disso, investiu R$ 750 milhões para trazer o Kicks para o Brasil. “Fui dez vezes ao Japão para mostrar o potencial do Brasil para receber e fabricar o modelo”, afirma. Agora, a montadora japonesa prepara a entrada no segmento de SUVs grandes no País. “Estamos estudando qual veículo terá a melhor aceitação e futuro no mercado brasileiro”, diz.

BLOCO 1

Silva fala sobre o bom desempenho da Nissan no Brasil. De acordo com o executivo, a instalação da fábrica em Resende foi um divisor de águas para a empresa. “Começamos a produzir nossos próprios veículos e criamos a nossa identidade no mercado brasileiro”, conta. O presidente da Nissan lembra que, apesar da recessão econômica, conseguiram convencer a matriz a continuar investindo no Brasil. “Hoje a capacidade de produção da fábrica é de 200 mil carros por ano e exportamos para Argentina, Chile, Peru, Paraguai, Panamá e Costa Rica”, diz.