O aquecimento global é uma ameaça para a produção global de cerveja, um mercado que movimentou US$ 281 bilhões em 2017. De acordo com um estudo publicado, na semana passada, na revista científica americana Nature Plants, as ondas de calor e o aumento da seca podem interferir na produção da cevada, o grão que é a base para a fabricação da bebida alcoólica. Com a ajuda de um software, os pesquisadores simularam a produtividade e o crescimento da safra com base nas mudanças climáticas. Caso a temperatura média do Planeta continue em elevação, as perdas projetadas nas plantações de cevada variam de 3% a 17%. Isso levaria a indústria a ajustar o preço da cerveja (que, em alguns casos, pode até dobrar), o que provocaria uma redução de 16% no consumo. No Brasil, um dos maiores mercados consumidores, a queda ficaria entre 1% (melhor cenário) e 8%, o equivalente a 1 bilhão de litros a menos, por ano.

(Nota publicada na Edição 1092 da Revista Dinheiro)