Serão necessários US$ 200 milhões para concluir o projeto do primeiro avião comercial elétrico do planeta. É isso que dizem os cálculos de Omer Bar-Yohay, CEO da Eviation Aircraft, que está por trás do projeto. O plano da empresa é levar para o próximo Salão do Automóvel de Paris, em junho, o “Alice”, protótipo do design da aeronave. A ideia é que em dois anos e meio eles comecem a produzir a primeira versão de produção.

A iniciativa da Eviation Aircraft não é única no mundo. Segundo a consultoria Roland Berger, existem 100 programas para a produção de um avião elétrico ao redor do planeta. Porém o “Alice” é diferente. Ao contrário de muitas iniciativas que estão sendo bancadas por gigantes do setor como Boeing e sua Zunum Aero, o projeto da Eviation quer atingir outro nicho de mercado, o da aviação regional.

Com capacidade para nova passageiros e autonomia de 1.045 km, ele enfrenta como principal concorrente os turboélices usados para viagens curtas. Porém a grande vantagem do avião previsto para ser vendido a US$ 3 milhões é seu custo de operação. Os aviões atuais usados para viagens regionais tem um custo médio por hora de US$ 1.000 enquanto o cálculo para o Alice é de que esse valor seja de US$ 200.

Por enquanto o maior desafio do projeto são suas baterias, que atualmente representam 65% do peso do avião e é o grande empecilho para sua autonomia. Sua velocidade de cruzeiro é de 444 km/h, metade de um jato moderno, mas pouco abaixo de um turboélice comum.

A empresa aposta todas suas fichas no projeto, uma vez que acumulou US$ 67 milhões em prejuízo em 2017 e que sobrevive de pequenos investidores e subsídio do governo de Israel, seu país sede.