As duas primeiras semanas de outubro registraram um movimento surpreendente para os papéis das empresas do Grupo EBX, de Eike Batista, as chamadas “companhias X”. Até a terça-feira (13), as ações da MMX, do setor de mineração de ferro, decolaram mais de 2000%, saltando de R$ 1,71 para R$ 36. Já as ações da OSX, que atua nas áreas de construção naval, leasing e serviços operacionais de navios, tiveram alta – digamos – bem mais modesta, de quase 380%, indo de R$ 4,43 para R$ 21. Essa movimentação toda foi motivada pela informação de que a MMX protocolou petição ao juízo da sua Recuperação Judicial (RJ), buscando recuperar o ativo Mina Emma, oferecido aos credores no processo de RJ. Em fato relevante, a companhia afirmou que a operação “pode ser de grande relevância econômica”. A notícia animou os investidores. Afinal, a mineradora está sem produzir há quatro anos. O volume de dinheiro negociado com as ações da MMX também surpreendeu a todos. Na terça-feira (13), os papéis movimentaram R$ 100 milhões, 10 mil vezes mais do que os R$ 10 mil que vinha negociando diariamente, em média, nos últimos meses. Os analistas, no entanto, não recomendam comprar as ações das empresas de Eike Batista. Somadas, as dívidas de MMX e OSX ultrapassam R$ 7 bilhões.

Mais de 115 milhões de pessoas entram na linha de pobreza extrema

Com quase 40 milhões de casos em todo o mundo e cerca de 1,1 milhão de mortes, a Covid-19 causará, ainda, outro grande mal à humanidade: o aumento da pobreza extrema. Segundo o Banco Mundial, só este ano, mais de 115 milhões de pessoas serão incluídas nessa linha em todo o planeta. Com isso, aumentará para cerca de 9,4% o percentual da população global na faixa de pobreza extrema, o que equivale a mais de 750 milhões de indivíduos (considerando população mundial de quase 8 bilhões). Será a primeira vez, nos últimos 22 anos, que a quantidade de pobres nessa situação registrará crescimento. Pelos critérios do Banco Mundial, a extrema pobreza fica caracterizada quando uma pessoa tem renda diária de até US$ 1,90. Os dados constam do relatório Poverty and Shared Prosperity Report (Relatório sobre Pobreza e Prosperidade Compartilhada), publicado a cada dois anos pelo Banco Mundial. Confira alguns números do estudo:

Evandro Rodrigues

Opep mantém previsão de queda na demanda global de petróleo em 2020

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Com as incertezas que ainda cobrem o mundo em relação à crise do coronavírus, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgou parecer pouco animador. A entidade manteve praticamente inalterada sua projeção para a queda na demanda de petróleo para este ano, com consumo global de 90,3 milhões de barris por dia (bpd). Mas esse não é o maior problema. O mais complicado é que a Opep reduziu sua previsão de crescimento para 2021. Há um mês, a entidade previa alta de 6,6 milhões de bpd. Agora, espera que esse número seja de 6,5 de bpd, 1,3% abaixo. “Esta revisão reflete principalmente menor perspectiva de crescimento econômico para os países que fazem parte da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e também os de fora do grupo em comparação com a previsão do mês passado”, afirmou a Opep, em relatório divulgado na terça-feira (13).

OMC autoriza União Europeia a impor sanções de US$ 4 bilhões aos Estados Unidos

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Na terça-feira (13), a Organização Mundial do Comércio (OMC) tomou uma atitude que pode causar ainda mais solavancos à economia global. A entidade autorizou a União Europeia (UE) a impor sanções comerciais aos Estados Unidos, no total de quase US$ 4 bilhões, devido a subsídios considerados indevidos dados pelo governo americano à fabricante de aeronaves Boeing, também americana. A decisão é o ponto final de uma longa disputa entre a Boeing e a Airbus, de origem francesa. Em sua conclusão, a OMC divulgou que “o montante é proporcional aos efeitos adversos que a União Europeia sofreu entre setembro de 2012 e setembro de 2015”. Nesse intervalo de tempo, a Airbus perdeu três vendas de aeronaves e foi ameaçada de ter suas exportações aos Estados Unidos bloqueadas. A Comissão Europeia já avisou que irá impor as sanções autorizadas pela OMC, a não ser que o governo americano retire as tarifas que aplica ao bloco. Especialistas acreditam que essa briga ainda vai longe.

XP chega a R$ 563 bilhões sob custódia

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A XP anunciou, na quarta-feira (14), que encerrou o terceiro trimestre deste ano com R$ 563 bilhões de ativos sob sua custódia. O valor representa alta de 60% na comparação anual e de 29% na trimestral. De acordo com os dados operacionais da companhia, esse crescimento foi impulsionado por R$ 117 bilhões de arrecadação líquida e R$ 11 bilhões pela valorização do mercado. O número de clientes ativos também registrou excelente alta, de 72%, em relação ao mesmo período de 2019, ultrapassando os 2,6 milhões – 12% acima dos números do segundo trimestre deste ano. Em comunicado, a XP destacou que houve “fluxos fortes” em todos os seus canais e marcas.

Pandemia

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A americana Johnson & Johnson suspendeu, na terça-feira (13), os ensaios clínicos da sua vacina, devido a uma “doença inexplicada” desenvolvida por um participante do estudo. No mesmo dia, a médica brasileira Mariângela Simão, vice-diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta ao Brasil. “O País não terá vacinação em massa em 2021”, afirmou ela.