O BTG Pactual anunciou em fato relevante na terça-feira (25) que estuda fazer uma nova oferta subsequente de ações. Será o terceiro follow-on em menos de um ano. Com base na valorização dos papéis, o banco comandado por Roberto Sallouti pode levantar mais de R$ 4 bilhões. Os planos com essa oferta são de superar os R$ 2,6 bilhões obtidos no lançamento anterior. Os recursos das últimas duas ofertas superam a casa dos R$ 5 bilhões e têm ajudado a sustentar a estratégia de crescimento acelerada do banco. Nos últimos meses, o BTG comprou a Fator Corretora, a fatia remanescente da Caixa no banco Pan e ainda adquiriu a escola de traders Atom. Além disso, fechou sociedade com o escritório Acqua Vero, antes vinculado à XP Investimentos, e que agora deve se tornar uma corretora vinculada ao BTG. Recentemente, o banco começou tratar com a holding Universa, dona da empresa de análise de investimentos Empiricus e da gestora Vítreo. No mercado há rumores de que o banco estaria negociando com outro grande escritório vinculado à concorrente.

AVIAÇÃO
Ações da Azul dec olam com Latam

Divulgação

As ações das companhias aéreas dispararam até 10% com rumores de compra das operações da Latam no Brasil pela Azul. As ações da Azul chegaram a registrar os maiores ganhos entre ativos do Ibovespa até o meio do dia da quarta-feira (26). No final do pregão, os papeis fecharam com alta de 11,2% cotados a R$ 46,72. O setor voltou ao centro das atenções na bolsa com a expectativa de reabertura econômica, que tende a favorecer a retomada das viagens, apesar de ainda haver dúvidas sobre o pós-pandemia. Até julho, a Latam Group deve apresentar seu plano de recuperação judicial à Justiça de Nova York e a Azul poderia entrar com a oferta nesse processo, com apoio de empresas de leasing de aviões, principais credores do grupo, de modo a assumir as operações brasileiras da Latam.

PAGAMENTOS
Avaliação da Linx adiada

Ficou para julho a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para análise da compra da Linx pela Stone. Com a prorrogação, o órgão só vai colocar em pauta na próxima reunião a avaliação de concentração no mercado. Em agosto do ano passado, a Stone anunciou o acordo vinculante para unir sua área de software com a da Linx. O valor da compra estaria em R$ 6,8 bilhões. Em março deste ano, a Superintendência- geral do Cade recomendou a aprovação sem restrições ao negócio. Mas o caso até agora não foi definido. Enquanto a autorização não sai, a Linx continua trabalhando de forma independente da credenciadora de cartões.

DESTAQUE NO PREGÃO
R$ 1,21 trilhão em dívidas

Istock

A dívida consolidada de 239 empresas de capital aberto brasileiras atingiu R$ 1,21 trilhão no mês de março de 2021, conforme levantamento feito pela Economatica. No período de dezembro de 2011 até março de 2021 o crescimento nominal da dívida chegou a 149,7%. Considerando que a inflação medida pelo IPCA no período foi de 66,72%, o crescimento com valores ajustados foi de 49,8%. A dívida total líquida em março é de R$ 775 bilhões, o que representa crescimento nominal de 326,0% de dezembro de 2011 até março de 2021, ou 155,5% descontada a inflação medida pelo IPCA. O caixa em março de 2021 é de R$ 438 bilhões, crescimento nominal de 44,1% com relação a dezembro de 2011 ou queda de -13,6% considerando a inflação do período. A amostra desconsidera os números da Vale e da Petrobras, porque os resultados de ambas são muito volumosos e distorcem os dados gerais.

TECNOLOGIA
Sinqia no open banking

A Sinqia fechou uma parceria com a empresa de plataformas de transações (APIs) Sensedia para facilitar a implantação de seu modelo de open banking. No acordo, a Sinqia vai fornecer suas plataformas para bancos, previdência e consórcios, utilizadas por quase 500 clientes. Já a Sensedia vai usar sua plataforma de gerenciamento de APIs, que tem 120 clientes. O objetivo da Sinqia é aumentar a capacidade de desenvolvimento e integração de soluções, o que na visão da empresa será essencial para o novo ambiente regulatório que está sendo desenhado pelo Banco Central.