Na metade do século passado, em meados da década de 1950, aconteceram os primeiros ensaios com o que viríamos a conhecer, anos mais tarde, como computação em nuvem. Se naquela época já era necessário encontrar formas mais inteligentes, integradas e seguras para o armazenamento de dados, imagine a importância de endereçar esses mesmos temas na atualidade, quando vivemos uma transformação digital acelerada, em um período no qual dados valem mais do que o petróleo, como bem cunhou o matemático londrino Clive Humby, em 2006.

Gilson Magalhães é presidente da Red Hat Brasil
Gilson Magalhães é presidente da Red Hat Brasil (Crédito:Divulgação)
O que parecia ser apenas uma tendência, acabou se tornando regra para os negócios que buscam eficiência e perenidade. Um cenário que ficou ainda mais acentuado com a chegada da pandemia no ano passado, mostrando que empresas de todos os tamanhos e segmentos poderiam – ou melhor, deveriam – encontrar na nuvem uma solução ágil para se adaptar às novas demandas do mercado. De acordo com recente relatório da IDC Brasil, a cloud é um caminho rápido para ampliar a “resiliência” operacional das organizações, permitindo reposicionamento ágil em qualquer contexto. Não à toa, as previsões de gastos com infraestrutura e plataformas cloud no país ultrapassam os bilhões.

Isso significa, na prática, que cada vez mais companhias estão compreendendo a importância da nuvem para a evolução sustentável dos negócios. Uma estratégia cloud é fundamental para empresas que buscam eficiência, economia de recursos, confiabilidade, robustez do armazenamento de dados e capacidade de computação, o que se aplica desde grandes multinacionais a pequenos empreendimentos.

Uma nuvem para chamar de sua
Uma jornada inteligente rumo à nuvem engloba análises e estratégias que permitam aproveitar todo o potencial dessa tecnologia dentro das necessidades únicas de cada organização. Começando pelo básico, é preciso entender os tipos de ambientes disponíveis.

A nuvem pública oferece serviços com uma infraestrutura gerenciada e operada por um provedor terceirizado, geralmente compartilhada com outras empresas. Já a nuvem privada se refere à cloud utilizada exclusivamente por uma única organização. Pode estar hospedada tanto em um provedor externo quanto em servidores próprios. Há ainda o modelo híbrido, que une o melhor da cloud pública e da privada em um mesmo ambiente, incorporando portabilidade, orquestração e gerenciamento.

Segundo uma pesquisa realizada pela Red Hat, com mais de 1400 organizações em todo o mundo, a nuvem híbrida é considerada uma solução fundamental. Para 27% dos entrevistados, a estratégia de nuvem em 2021 será híbrida. Por sua vez, 17% irão priorizar a nuvem privada, 11% vão focar na estratégia multicloud e outros 10% irão investir na nuvem pública.

Avançar é mandatório
Cada formato é indicado para um tipo de necessidade diferente, mas todos permitem ganhos de flexibilidade e agilidade, além de redução de custos e um melhor controle, que ajuda a evitar problemas e corrigir falhas rapidamente. Para investir na melhor opção para seu negócio, as organizações contam com o apoio de tecnologias open source, que proporcionam uma base consistente para qualquer implantação em cloud, seja ela pública, privada, híbrida ou multicloud. A tecnologia de código aberto permite destravar com mais agilidade o potencial de inovação e modernização dos negócios, habilitando empresas a acompanhar as rápidas e constantes transformações.

A nuvem comprovou sua importância para operações resilientes e sustentáveis, gerando vantagem competitiva. Seja qual for o seu setor – telecomunicações, bancário, saúde ou até mesmo pecuário – no cenário atual, sua organização precisa apostar na cloud, entendendo que ela é o grande pote de ouro para as empresas que querem não apenas sobreviver, mas principalmente crescer na operação e na rentabilidade.

*Gilson Magalhães é presidente da Red Hat Brasil