A quantidade de demissões nos Estados Unidos caiu esta semana, mas os números publicados nesta quinta-feira (1o) mostram que os novos pedidos de seguro-desemprego continuam em um nível muito alto, de 837.000, e as negociações para um novo pacote de ajuda continuam paralisadas no Congresso.

Os pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos caíram mais do que o previsto pelos analistas na semana passada, mas a oscilação constante indica uma recuperação do mercado de trabalho mais lenta do que o esperado – apontam números divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

De 20 a 26 de setembro, 837.000 pessoas se registraram como desempregadas, contra 873.000 na semana anterior, segundo dados revistos para cima e divulgados hoje. Os analistas previam 850.000 pedidos de seguro-desemprego.

“A média móvel das quatro últimas semanas foi de 867.250, uma queda de 11.750 em relação ao nível da semana anterior, que foi ajustado para cima”, indicou o Departamento do Trabalho.

O índice de desemprego das pessoas com seguro foi de 8,1%, mas em nível local os números mostram um dano maior em estados como Havaí, com 21,3% de desempregados; Califórnia, com 16,1%; Nevada, com 14,7%, e Nova York, com 13,7%.

O impulso da abertura de muitos negócios teve um impacto limitado no emprego e a crise revela o choque do coronavírus, mais de seis meses após o decreto dos primeiros confinamentos.

Os novos pedidos semanais de seguro-desemprego estão acima do nível que alcançaram nas piores semanas da grande recessão, entre 2008-2010.

“Os pedidos continuam em um nível alto”, disse a economista Rubeela Farooqi da consultora High Frequency Economics. “Os anúncios de demissões continuam. Embora alguns empregos tenham sido recuperados, a perda de postos de trabalho continua”, acrescentou.

Nesta quinta-feira, está prevista a continuidade das negociações entre o governo de Donald Trump e os democratas no Congresso, para alcançar um acordo que permita um novo pacote de auxílios para empresas e desempregados.