Por Neha Arora

NOVA DÉLHI (Reuters) – A Índia reportou o maior número de novas infecções pelo coronavírus em oito meses na quarta-feira, enquanto um cientista do governo alertou que levará semanas antes que os dados de hospitalizações e mortes mostrem o quão grave será a onda de casos impulsionada pela variante Ômicron do coronavírus.

As autoridades federais disseram que a Ômicron tem causado menos hospitalizações e mortes que a variante Delta, que matou centenas de milhares no ano passado.

Mas Tarun Bhatnagar, do Instituto Nacional de Epidemiologia ICMR em Chennai, disse que o impacto da atual explosão de infecções irá aparecer com um atraso.

“Precisamos nos preocupar com as hospitalizações e mortes que irão aparecer depois”, disse ele à Reuters em uma entrevista por telefone.

“Haverá sempre um intervalo de duas semanas de atraso.”

A Índia reportou 282.970 novas infecções nas últimas 24 horas, o maior número dos últimos oito meses, levando o total a 37,9 milhões, segunda maior marca do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. As mortes subiram para 441, incluindo 83 de uma onda anterior no Estado de Kerala, no sul, que está sendo registrada apenas agora, tornando a contagem nacional uma das maiores deste ano.

Embora as taxas de infecção tenham caído recentemente nas grandes cidades indianas, especialistas dizem que o número nacional de casos pode chegar a um pico no meio do mês que vem.

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