Um tipo distinto de terremoto foi descoberto na Colúmbia Britânica, no Canadá. Ele é diferente dos terremotos convencionais e dos induzidos — criados pelo ser humano —, mas tem semelhanças com ambos, como se fosse a combinação entre os dois.

O novo terremoto se assemelha aos convencionais na intensidade que pode chegar, mas assim como o induzido conta com a ajuda do ser humano para ocorrer. Sua origem está em fraturas hidráulicas, que consistem em uma técnica de extração de gás e petróleo, segundo estudo publicado na Nature Communications.

Os pesquisadores realizaram medições em oito sísmicas instaladas ao redor de um poço de injeção. O estudo foi liderado por Rebecca Harrington, professora de geologia, e Hongyu Yu, PhD em Geofísica. No total, 350 terremotos foram analisados, e 10% demonstraram ter aspectos únicos. 

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De acordo com o estudo, a principal diferença está no desenvolvimento mais lento e prolongado desses eventos, processos parecidos com os existentes em áreas vulcânicas. Diante dessas características, os pesquisadores resolveram batizar a descoberta como terremotos em forma de onda de frequência híbrida (EHW).

Em comparação, enquanto um terremoto natural, de magnitude 1,5 diminui após sete segundos, um EHW, com a mesma intensidade, pode continuar tremendo por mais de dez segundos. 

“Se entendermos em que ponto a subsuperfície reage ao processo de fraturamento hidráulico com movimentos que não resultam em um terremoto, idealmente poderíamos usar essa informação para ajustar o procedimento de injeção”, relatou a professora Rebecca Harrington, segundo informações do portal Olhar Digital.