Além da perda do olfato e sensação de areia nos olhos, como em uma conjuntivite, médicos estão observando agora que os dedos dos pés também podem indicar quando as pessoas estão (ou foram) infectadas pelo coronavírus.

Segundo o Business Insider, a comunidade dermatológica apelidou o fenômeno de “Covid Toes”, algo como os “dedos da Covid”, em referência ao inchaço e inflamação nos dedos dos pés.

A Academia Americana de Dermatologia (AAD) lançou na semana passada um processo para coletar informações de dermatologistas que estejam observando sinais do vírus no corpo.

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Até ontem (22), mais de 200 profissionais da área de saúde já haviam entrado em contato com a entidade para rastrear o vírus. Metade dos casos registrados eram de lesões nas mãos ou nos pés que se assemelham a um congelamento, como quando os dedos ficam roxos pelo frio.

Líder do projeto, Esther Freeman, dermatologista e epidemiologista da Massachusetts General Hospital e professora na Harvard Medical School, disse que vários de seus pacientes estiveram com lesões deste tipo pelo corpo.

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“Minha mensagem ao público seria, se você desenvolver isso, converse com seu médico”, disse Freeman. Ela observa que na ausência de motivos para ter os “dedos da Covid”, é importante fazer um teste do coronavírus e evitar que o vírus se espalhe para outras pessoas.

O que leva a essa condição ainda é desconhecido, mas algumas teorias já circulam a comunidade médica. Uma delas é de que as lesões são causadas por uma inflamação geral decorrente do vírus.

Outra é de que o vírus pode estar causando vasculite, inflamando as paredes dos vasos sanguíneos. Uma terceira possibilidade é de lesões causadas por coágulos sanguíneos nos vasos da pele.

Freedman acredita que pode ser uma combinação dessas coisas, mas que os pacientes podem desenvolver os “pés de Covid” por um motivo ou outro, isso vai variar para cada caso.

Professora de dermatologia na Universidade da Califórnia, Lindy Fox observou que a maioria dos pacientes que está com coronavírus e com os dedos inchados parece ser mais jovem. Muitos deles, alega ela, são relativamente saudáveis e estão com poucos ou quase nenhum sintoma comum aos infectados pelo mundo.

A especialista destaca que o problema nos pés podem ocorrer durante ou depois que os outros sintomas do vírus diminuírem.