O novo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, convocou nesta terça-feira, dia seguinte à sua posse, eleições legislativas antecipadas para 21 de julho, de acordo com um decreto publicado no site da presidência que formaliza a dissolução do Parlamento.

As eleições estavam previstas, inicialmente, para outubro.

Zelenski, o presidente mais jovem da Ucrânia pós-soviética, anunciou sua intenção de dissolver o atual Parlamento, eleito em 2014, em seu discurso inaugural na segunda-feira.

Este novato na política ataca uma classe política que desconfia dele, seguindo sua promessa de campanha de “quebrar o sistema” e transformar um país em guerra e dificuldades econômicas.

Volodimir Zelenski procura tira proveito do ímpeto de sua esmagadora vitória (73% dos votos) no segundo turno das eleições presidenciais de abril, para vencer as primeiras eleições legislativas.

Seu partido “Servo do povo”, quase inexistente até agora, teve até 40% de intenção de votos de acordo com as últimas eleições.

O novo presidente também pediu na segunda-feira a renúncia dos ministros, embora a lei apenas force o governo a sair depois das legislativas.

O primeiro-ministro, Volodimir Groisma, que está no cargo há três anos, anunciou imediatamente sua renúncia e destacou seus desentendimentos com o novo presidente.

O anúncio da dissolução do Parlamento, um procedimento muito complexo e supervisionado, provocou a controvérsia: alguns especialistas e políticos denunciam essa decisão como inconstitucional e aconselham Zelenski a abandonar a idéia.