O novo governo de centro-esquerda norueguês, escolhido nas eleições de setembro, quer elevar o objetivo nacional de combater as emissões de efeito estufa, mas preservando o setor-chave dos hidrocarbonetos do país.

O reino escandinavo é o maior exportador de hidrocarbonetos da Europa ocidental.

O objetivo climático atual das autoridades norueguesas consiste em uma redução dos gases de efeito estufa entre 50% e 55% em comparação com as emissões de 1990.

Em sua plataforma política apresentada nesta quarta-feira, o novo governo, que assume suas funções na quinta-feira dirigido pelo trabalhista Jonas Gahr Støre, opta pela parte alta da porcentagem estabelecida por seu antecessor de centro-direita.

O novo Executivo também retomou um projeto de seu antecessor, que leva a 2.000 coroas (200 euros, US$ 232) por tonelada a taxa carbono do país, contra 590 coroas atualmente.

Mas o novo governo, que reúne trabalhitas e o partido do Centro, reafirmou paralelamente seu apego à indústria de petróleo do país.

“O setor de petro-gás será desenvolvido, não desmantelado”, afirmam os dois partidos. “A política climática não deve ser moralizante, deve ser justa” acrescentam.

A maior parte das emissões geradas pelo petróleo e gás noruegueses é produzida durante seu consumo fora da Noruega, portanto não está incluída na receita nacional.

O setor do petróleo representa 14% do PIB deste reino do norte da Europa, mais de 40% de suas exportações e gera 160.000 empregos diretos.