O auxílio emergencial (de R$ 150, R$ 250 e R$ 375), pago a partir de abril, não será suficiente para cobrir as necessidades básicas dos beneficiários em nenhum Estado do Brasil, seja na zona rural ou nas cidades. É o que diz um estudo realizado pelos pesquisadores do Insper Naercio Menezes Filho e Bruno Komatsu, e divulgado pela BBC News.

Nos Estados em que a linha de pobreza é mais baixa (onde o custo para comprar alimentos e itens básicos é menor), o valor mínimo foi calculado em R$ 154 por pessoa. Entre as situações estão as zonas rurais de Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Tocantins.

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Uma família de quatro pessoas, por exemplo, com rendimento de um salário mínimo (R$ 275 por pessoa), nesses locais estaria acima da linha de pobreza.

Valor mais alto na linha da pobreza

O valor mais alto de linha de pobreza em zonas rurais e cidades em geral foi identificado em Goiás – área rural ficou em R$ 231; urbana, em R$ 402. Entre as regiões metropolitanas – foram pesquisadas 11 -, São Paulo tem a linha de pobreza mais alta. O nível de renda mínimo para que uma família fique acima dela é de R$ 592 por pessoa.

Pobreza Extrema

Na maior parte dos Estados, o recurso não é suficiente para garantir que a família viva acima da linha de pobreza extrema. Entre as menores linhas (de R$ 87), estão as zonas rurais de Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Tocantins.

Por exemplo, o valor mensal de R$ 250 do benefício representa R$ 62,50 per capita em uma família de quatro pessoas – nível que coloca abaixo da linha de extrema pobreza todos os Estados.