A Apple vem tomando uma série de decisões que indicam que a empresa está disposta fugir dos maus resultados dos últimos trimestres e voltar a ser a empresa mais valiosa do planeta. O primeiro indício disso foi quando em março deste ano a marca fundada por Steve Jobs realizou uma conferência em que apresentou ao mundo seus serviço de streaming – assim como seus primeiros programas originais e parceiros hollywoodianos – e seu cartão de crédito, que coloca a companhia na rota da indústria de pagamentos.

Após as iniciativas inéditas para a história da Apple, a maçã voltou a suas origens e voltou a apresentar novos “velhos” produtos, além de acabar com um velho conhecido nesta segunda feira (3) durante uma apresentação de mais de duas horas em sua conferência anual de desenvolvedores na Califórnia, Estados Unidos.

O grande destaque do dia foi o anúncio do novo modelo do Mac Pro, que ficará duas gerações sem atualizações. O mais potente computador da marca sempre foi um fetiche para editores, designers e fotógrafos, mas estava defasado. Agora ele recebe nova roupagem, ousada – e que lembra um ralador de queijo – porém seu grande destaque está na parte de dentro. Por ser um produto dedicado a uso intenso e que demanda bom desempenho, sua versão básica chama atenção: 32gb de RAM, 256gb de memória e um processador 8 core que será vendido a US$ 5.999.

A versão top de linha, ainda sem preço definido, pode ter a configuração de 1,5 tera de RAM, e processador 28-core e até 4 placas de vídeo. A Apple afirma que na configuração máxima, o computador consegue rodar até três streams em 8K simultaneamente. Além da CPU, a marca irá lançar uma nova tela, chamada Pro Display XDR de 32 polegadas e tela de retina 6K, que tem também possibilidade de ser usado em 90 graus para vídeos verticais.

Apple anuncia fim do iTunes

É o fim de uma era. Após mais de 10 anos sendo o principal aplicativo da Apple, onde era possível alugar filmes, comprar músicas e até restaurar seu iPhone, o iTunes deixará de ser usado. A empresa explicou que irá desmembrar o player de música (ou seria loja de apps, ou assistência técnica) em três: Apple Music, Apple TV e novo app de Podcasts. A empresa justificou o final do programa pelo fato de que foram adicionadas tantas funcionalidades a ele, que perdeu seu propósito, o de escutar música.

O novo sistema operacional mobile

A empresa também anunciou no evento o lançamento do novo OS para o iPhone, o iOS 13, que será compatível com modelos do celular a partir do 6S/iPhone SE. Uma das principais funções adicionadas foi o Modo Escuro, que deixa preto tudo o que era branco, e harmoniza as outras cores para melhor visualização, o que economiza a bateria do aparelho. O teclado do sistema ganhará a função de deslizar o dedo pelas teclas para formar palavras, similar a função clássica dos Android.

Os aplicativos de lembrete e iMessage foram melhorados e ganharam nova roupagem. Já a biblioteca de fotos do aparelho ganhará um “organizador pessoal”, um sistema de inteligência artificial que promete organizar as fotos para serem encontradas de maneira mais rápida.

Apple Watch e iPad

Agora o relógio inteligente da companhia de Tim Cook poderá instalar aplicativos sem o intermédio de um iPhone graças a adição de um aplicativo da app store feita especialmente para o wearable. Eles também ficou compatível com audiobooks e podcasts, além de ter ganhado cinco novos modelos de pulseira.

Já o iPad, há muito renegado pela indústria que jogou tablets de escanteio, ganhou mudança significativa e agora terá um sistema operacional dedicado a ele, que é um mescla do OS mobile com funções de computador. O aparelho agora será compatível com cartões SD e pen drives, além de servir como segunda tela do Mac.