Mesmo com uma das malhas metroviárias mais extensas e completas do planeta, Nova York sofre com todo tipo de problema relacionado a transporte. Com altas taxas de trânsito e um sistema de transporte público que já da sinais de  saturação. A situação fez com que o governador do estado, Andrew Cuomo, e o prefeito da cidade, Bill de Blasio, elaborassem uma lista de 10 medidas para melhorar a administração e o fluxo de pessoas através de medidas de engenharia de tráfego.

O ponto de maior polêmica é a criação de um pedágio urbano na ilha de Manhattan, que cobraria uma taxa a todos os motoristas que queiram trafegar de carro no Central Business District (CBD), local de maior concentração de pessoas na cidade. A proposta prevê que carros privados paguem US$ 12, caminhões US$ 25 e veículos como Taxi e Uber, entre US$ 2 e U$ 5. A ideia é que parte desse dinheiro seja destinado ao MTA, orgão que controla trens e metrôs de Nova York.

Apesar do prefeito De Blasio já ter se declarado contra a “taxa de trânsito” por receio de onerar trabalhadores que realizam movimentação pendular para chegar ao trabalho, estudos mostram que em centro urbanos altamente populados são os mais ricos que costumam usar carros para parar – uma vez que inclui custos de estacionamento e gastos com combustíveis.

Além de aumentar a arrecadação, a medida busca diminuir o volume de carros nas ruas. Com uma média de velocidade de 7,5 km/h na região da CBD, o objetivo do pedágio é aumentar esta média para veículos que necessitem chegar rapidamente a seus destinos consigam fazer isso com maior agilidade.

Os planos ainda incluem a fusão de todos os cinco orgãos que regulam transportes no estado de Nova York. O plano começaria a ser executado em 2020, e estima-se que consiga arrecadar US$ 15 bilhões para o MTA – boa parcela do déficit anual da empresa, de US$ 40 bilhões.