Nova York se torna a primeira cidade a aprovar lei que prevê a criação de salário mínimo para trabalhadores de serviços de transporte digital. A medida começará a ter efeito na metade de janeiro, e irá beneficiar 96% dos motoristas de aplicativos como Uber e Lyft.

Encabeçando a medida está a comissão de taxis e limousines, que calculou um aumento anual de US$ 10 mil para os motoristas, que entre 2016 e 2017, tiveram queda de 10% de seus rendimentos. O salário mínimo aprovado é de US$ 27,86 por, sendo US$ 17,22 pós taxações.

“Nova York é a primeira cidade do mundo a reconhecer os milhares de homens e mulheres responsáveis por providenciar um serviço cada vez mais popular ao toque de uma tela.  Eles merecem ter uma renda mínima para viver e ter proteção contra medidas unilaterais das empresa”, declarou a líder da comissão, Meera Joshi.

O conselho de Nova York aprovou este ano a medida de criar um salário mínimo e proibir aplicativos de transporte de contratar mais motorista por um ano após um estudo mostrar que estes serviços acarretaram no aumento do trânsito da cidade.

Questionado pela Business Insider, Uber e Lyft disseram ser contra a medida, alegando que ela terá efeito negativo nos preços e na conduta dos motoristas.

“A implementação da comissão de aumentar os ganhos dos motoristas fará com que as tarifas aumentem mais do que o necessário e não lida com os problemas do trânsito no centro do distrito financeiro de Manhattan”, declarou um representante da Uber

“A proposta de salário mínimo irá minar a competitividade permitindo para algumas companhias pagar taxas mais baixas e desincentivando motoristas a pegar corridas fora da área de Manhattan. Essas regras são um passo atrás para nova iorquinos e pedidos que a comissão reconsidere a medida”, disse um representando da Lyft.