Se a primeira era da interação homem-máquina foi tátil (daí o digital), a segunda será por voz. A Pandorabots, empresa que tem sedes em San Francisco, Londres e Tóquio, é a plataforma de chatbots – quando máquinas conversam com humanos – de maior número de usuários no mundo. Sua fundadora e principal executiva, Lauren Kunze, disse, em reportagem do espanhol El Pais, algo que todos nós sentimos na pele (ou no ouvido) ao atender uma ligação de chatbot: “A Inteligência Artificial ainda não reconhece plenamente os comandos de voz”. O nó entre IA e reconhecimento de voz está no fato de que assistentes virtuais como Alexa, Cortana e Siri, vão virar em nossas vidas um tsunâmi, para usar uma palavra presidencial, e ser quase tão populares quanto smartphones. Para que a interação com essas máquinas se torne bem menos artificial e muito mais refinada há uma longa jornada, diz Kunze. Na Pandorabots, a aposta está no uso de realidade aumentada complementada por assistentes de voz. “É muito mais eficiente’, afirma.

(Nota publicada na Edição 1121 da Revista Dinheiro)