Entra no ar no próximo dia 28 um projeto inteiramente novo na Internet brasileira ? o primeiro portal de notícias econômicas e financeiras do País, desenvolvido exclusivamente para a rede, que vai servir também como central de negócios eletrônicos entre as empresas. Sob o nome de PanoramaBrasil, o empreendimento está sendo lançado pelo grupo Diário Popular, do ex-governador Orestes Quércia, sob a direção do economista Nilo Opitz, diretor do Diário. O Panorama já ocupa quatro andares de um edifício comercial na Bela Vista, centro de São Paulo. Em seu estágio embrionário, a idéia era fazer um jornal nos moldes tradicionais, impresso em papel. Depois de ponderar os custos e as limitações da mídia tradicional, o grupo decidiu migrar para o mundo virtual. O ?jornal móvel?, como gosta de dizer seu editor-chefe, Getulio Bittencourt, tem uma redação com 50 jornalistas e uma inovação ? a ?brigada digital?, composta por 20 jovens profissionais de várias áreas que vão acompanhar os indicadores de quatro mil empresas brasileiras. A implantação do portal custará R$ 10 milhões e vai resultar em um veículo trilingüe ? português, inglês e espanhol ? que será lançado, simultaneamente, no Brasil, Estados Unidos, México e Argentina. ?Com um jornal tradicional não poderíamos lidar com o volume de informações que estaremos oferecendo na Internet?, diz Bittencourt.

O pulo do gato do PanoramaBrasil é o comércio eletrônico entre empresas. Ele já responde por uma grosso percentual da receita da Internet e será a principal fonte de recursos do novo empreendimento. Opitz pretende atrair empresários por meio do noticiário econômico, cadastrar as empresas em um grande banco de dados e oferecer condições para que elas fechem negócios entre si. Quando isso ocorrer, o site pegará um percentual da transação. ?Nosso alvo principal são as pequenas e médias empresas, que não têm sistemas próprios para comércio eletrônico?, diz o executivo. A estrutura digital de comercialização será oferecida pela empresa americana B2B Explorer. ?Vamos formar uma comunidade virtual de negócios?, diz Opitz. Antes mesmo de entrar no ar, o site já foi assediado por dois bancos, um comercial e outro de investimentos. Mas Opitz avisa que, por enquanto, o negócio vai andar com as próprias pernas: ?No futuro, poderemos captar recursos para reinvestir no negócio?.