No programa Moeda Forte desta semana, Carlos Sambrana, diretor de redação de ISTOÉ DINHEIRO, recebe Jorge Cury Neto, CEO da construtora Trisul. A empresa nasceu da fusão entre a Tricury e a Incosul, em 2007. Desde então, brigou para conquistar seu lugar entre as grandes do setor. E, curiosamente, ela conseguiu isso em um momento no qual muitas sofreram: a crise imobiliária que assolou o mercado brasileiro após 2011. Neste ano, a construtora deve faturar R$ 800 milhões, além de estar com 18 canteiros de obras em atividade.

Neste quarto bloco (acima), Cury Neto fala sobre tecnologia e a criação da universidade Trisul, na qual todas as etapas de construção são gravadas e explicadas. “Quem compra um imóvel da Trisul pode acompanhar a sua construção”, diz. Além disso, estão implantando uma tecnologia que permite controlar o imóvel pelo celular. “Estamos implementando biometria nas portas e controle pelo celular da iluminação, ar condicionado e persianas”, destaca. De acordo com o empresário, a tecnologia também vai garantir uma melhor visão e gestão do empreendimento. “Pelo aplicativo as pessoas já vão saber como está o condomínio, se uma bomba está com defeito ou se um elevador não está funcionando”, afirma.

BLOCO 3

O empresário mostra as dificuldades de um processo de reestruturação. “Dificuldade na reestruturação foi demitir amigos, pessoas que trabalhavam há muito tempo”, conta o executivo. Com a fusão, a empresa demorou a reencontrar sua vocação. Crises econômica e política, além de mudanças regulatórias atrapalharam o processo. “Em 2015, estávamos bem posicionados, mas o plano diretor de São Paulo mudou os polos de desenvolvimento da cidade”.

BLOCO 2

O CEO da Trisul conta como foi a batalha para fazer o IPO em um cenário no qual seus principais concorrentes já possuíam capital aberto. “Precisamos fundir a Tricury à Incosul para ter musculatura para abrir capital”, conta Cury Neto. Apesar dos ganhos de escala e eficiência promovidas pela publicação das ações, não pode-se dizer que a vida para a Trisul ficou fácil depois disso. “Com capital aberto, ganhamos uma transparência total. Isso tornou a empresa mais profissional.”

BLOCO 1

Cury Neto conta como foi a construção dessa nova empresa, a Trisul, e a batalha contra a crise imobiliária. “Reduzimos a operação para gerar caixa e comprar terrenos mais selecionados”, diz o executivo. Ele conta também que, no auge da crise, o fator que mais prejudicou todo o setor foi o alto número de distratos que aconteceram à medida em que o brasileiro perdia renda. “Muitos dos que compraram apartamento perderam o emprego ou viram que eles perderam valor.”

Os próximos blocos desta entrevista serão publicados ao longo desta semana, sempre às 7h30.