Com boa parte dos investimentos paralisados no Brasil, à espera da eleição presidencial, o Banco Central reduziu sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, de 1,6% para 1,4%. O novo porcentual consta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na manhã desta quinta-feira, 27. No documento, o BC também projeta pela primeira vez o crescimento de 2,4% para a economia em 2019.

Entre os componentes do PIB para 2018, o BC reduziu de +1,9% para +1,5% a projeção para a agropecuária. No caso da indústria, a estimativa caiu de +1,6% para +1,3% e, para o setor de serviços foi mantida a previsão de expansão de 1,3% no ano.

No lado da demanda, o BC reduziu a estimativa de crescimento do consumo das famílias, de +2,1% para +1,8%. No caso do consumo do governo, o porcentual projetado de contração foi de -0,2% para -0,3%.

O documento aponta ainda que a projeção de 2018 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – melhorou e passou de +4,0% para +5,5%.

2019

Para o ano seguinte, o BC prevê ritmo mais acelerado da atividade com crescimento do PIB de 2,4%. Entre os componentes do Produto Interno Bruto, o BC estima expansão de 2,9% para a indústria e 2% para a agropecuária e serviços no próximo ano.

Do lado da demanda, haverá reação no consumo das famílias, que deve crescer 2,4%, e no consumo do governo, com expansão de 0,5%. A formação bruta de capital fixo, no entanto, desacelera em relação ao previsto para 2018 e há expectativa de crescimento de 4,6%, prevê o BC.