O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado, 20, que, caso seja eleito, “pretende fazer uma excelente reforma política” e acabar com o “instituto da reeleição”. Bolsonaro afirmou também que, como parte dessa reforma, pretende reduzir o número de deputados. “Quero diminuir um pouco, em 15%, 20%, a quantidade de parlamentares”, disse. A entrevista foi dada na chegada do candidato à casa do empresário Paulo Marinho, no Jardim Botânico, na zona sul, onde estão sendo gravados os programas da campanha.

Bolsonaro voltou a reclamar das urnas eletrônicas e afirmou que, caso seja eleito, pretende criar “um sistema eletrônico de votação confiável, que possa ser auditado”. O candidato falou sobre a composição de seu ministério, em caso de vitória. O tenente-coronel da Aeronáutica Marcos Pontes, primeiro brasileiro a ir para o espaço, “está quase confirmado para a Ciência e Tecnologia”. Bolsonaro disse ainda que não haverá um Ministério das Comunicações e que a pasta poderia fazer parte do Ministério da Educação.

O candidato admitiu a hipótese de manter o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, no cargo. “O que está dando certo tem que continuar”, afirmou. “Não vou dizer que está tudo errado no governo Temer.” Em seguida, no entanto, Bolsonaro assumiu um outro tom ao dizer que o dólar teria caído muito mais por conta das pesquisas de intenção de voto do que pela ação de Goldfajn. “Não sei se ele é um bom nome, quem vai ver isso é o (economista) Paulo Guedes”.

Sobre a denúncia envolvendo a disseminação de notícias falsas por milhares de grupos de whatsapp que estariam sendo impulsionados em seu nome, o candidato limitou-se a dizer que não tem nada a ver com isso. “Eu não preciso de fake news”, afirmou. “Esse tipo de contato com bandidos quem tem é o PT, não eu.”