O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, destacou que as manifestações desta sexta-feira, 28, representam “a maior greve geral do País em 30 anos”. Boulos o classificou como “vitorioso”, apesar de o governo ter minimizado a importância do movimento em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência.

“Os próximos passos ainda serão discutidos. Vamos ver como os senadores vão agir na reforma trabalhista, sendo que entre a votação na Câmara e a discussão no Senado houve a maior greve do País nos últimos 30 anos”, afirmou o líder do MTST, durante discurso em um carro de som.

Um dos locais de maior concentração de manifestantes em São Paulo, o Largo da Batata recebeu representantes de diversos movimentos populares e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Também a presença de pessoas que não são ligadas a movimentos organizados.

O objetivo dos manifestantes era ir até a casa do presidente Michel Temer na capital paulista. O local, porém, está bloqueado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Membros do PT também marcaram presença no ato. Preparando-se para discursar, os senadores Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann subiram no carro com o vereador Eduardo Suplicy e o deputado Carlos Zaratini.

Os parlamentares anunciaram que a bancada do partido irá apresentar projeto no Congresso semana que vem propondo antecipação das eleições de outubro do ano que vem para outubro deste ano. O presidente do PT, Rui Falcão, disse que a proposta deve ser uma PEC. Nos discursos, os pedidos de “fora Temer” são os que mais têm aplausos.

“Há espaço se houver mobilização e conscientização dos parlamentares. Precisamos mostrar à população que temos como atender a seus pedidos agora”, disse Falcão, que falou com jornalistas no pé do carro de som, mas não discursou.

“Eles diziam que era tirar a Dilma e a economia melhorava. Tem 14 milhões de desempregados. Essa greve geral não vai ser só o fim das reformas, vai ser o início da derrubada do Temer do Planalto”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).