O presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Souza, afirmou que o banco público tem capital suficiente para este ano e o próximo para expandir a sua carteira de crédito de forma prudente. No imobiliário, no qual é líder com cerca de 70% de participação, o foco do banco, conforme ele, não é ter o menor juro, como no passado, quando ao lado do Banco do Brasil, liderou a redução dos juros no País, mas “taxas responsáveis e sustentáveis”.

“A Caixa tem colocado taxas competitivas no mercado e está sempre atenta aos movimentos e precificação no crédito imobiliário. Não estamos aqui para oferecer a melhor taxa, mas sim competitiva, responsável e sustentável”, afirmou o presidente da Caixa a jornalistas nesta sexta-feira, 4, após participar da abertura do Feirão Caixa da Casa Própria, em São Paulo.

Em relação à situação de capital do banco público, ele explicou que o lucro do ano passado e a projeção de resultados para 2018 fazem com que a instituição financeira não precise mais contar com a operação de bônus perpétuos junto ao FGTS e também de aporte de capital. “Estamos cumprindo os requerimentos de capital conforme as regras de Basileia III, principalmente para fazer uma alavancagem prudente e responsável do crédito”, ressaltou Souza.

De acordo com ele, o orçamento da Caixa em termos de crédito imobiliário para 2018 é de R$ 85 bilhões e o banco público espera superá-lo. “Temos uma demanda aquecida (por crédito imobiliário) e já estamos recebendo muitas propostas. Os feirões devem ajudar. São 15 cidades no Brasil inteiro”, disse Souza.

Expectativa sobre o Feirão

Especificamente sobre o feirão da Caixa, que começa hoje e deve percorrer todo o Brasil, o presidente do banco público afirmou que a expectativa é gerar no mínimo R$ 15 bilhões em negócios, superando, assim, o volume do ano passado, que passou dos R$ 13 bilhões. “Esperamos que esse feirão supere o do ano passado. Foram 234 mil famílias que visitaram o feirão no ano passado. Também queremos superar esse número”, afirmou Souza.

Sobre a defesa do market share da Caixa em crédito imobiliário, o executivo destacou que é salutar a presença cada vez maior dos bancos privados no segmento para aumentar o volume dos financiamentos para imóveis no País. “A relação de crédito imobiliário versus Produto Interno Bruto (PIB) não chega a dois dígitos no Brasil. É 9,5%. O Chile tem mais de 20%. Nos queremos passar de dois dígitos, mas não adianta pensar que só a Caixa vai conseguir isso”, avaliou Souza.