E em 1969, a empreendedora gaúcha Edith Ballardin financiou a compra de uma máquina de tricô. Com ela, passou a tecer roupas e a história de sua família, que se confunde com a da malharia que leva seu sobrenome. Passados 53 anos, a gestão da empresa está a cargo da terceira geração, da qual fazem parte as irmãs Adriele, de 22 anos, Michele e Franciele Daniel, ambas com 33. Elas respondem, respectivamente, pelas áreas de marketing, financeira e comercial da Ballardin. Mais que investir em tecnologia e inovação, como se espera de jovens dessa idade, as três estão mudando o conceito de comercialização das malhas.

Com fábrica e showroom em Caxias do Sul (RS) e outlet em Farroupilha (RS), a marca cresceu a partir das mais de 10 mil revendedoras que atuam em cerca de 600 cidades brasileiras. Em 2020, diante das restrições da pandemia, que impossibilitava que as revendedoras fossem até os clientes, a Ballardin estreou seu e-commerce para venda direta. Agora, a novidade é o lançamento de franquias, algo que vem sendo estruturado há um ano e meio.

NOVO CANAL Para a diretora de marketing Adriele Daniel, neta da fundadora, as franquias darão visibilidade à marca.

A abertura de lojas por franqueados vem em um momento de retomada do segmento no País. Dados da Associação Brasileira de Franquias mostram que o faturamento no quarto trimestre de 2021 foi 3,1% maior que o do mesmo período de 2019, antes da crise sanitária. Para a diretora de marketing da Ballardin, Adriele, a expansão é uma oportunidade de aproximar a marca do consumidor final e também de aumentar a visibilidade da malharia. “O consumidor terá mais conforto e toda a experiência de uma loja da Ballardin, que até então nunca vivenciou”, disse.

Com as franquias, a empresa está projetando uma nova fábrica de 20 mil m2. A expansão permitirá ainda lançar novas coleções, incluindo peças para estações menos frias. A ideia é garantir a continuidade das vendas nas lojas durante todo o ano e não apenas no inverno.