NO AR, A TV DTECOM

A partir do segundo semestre
de 2003, antenas instaladas em empresas da América do Sul vão captar os sinais do satélite da Dtecom, grupo brasileiro de ensino
à distância. A companhia foi
lançada há um ano e meio, já
fatura R$ 15 milhões por ano e agora se prepara para oferecer cursos de treinamento, línguas e pós-graduação em outros países. ?Estamos conversando com empresários peruanos?, revela Leonardo Petrelli, diretor-presidente da Dtecom. Ao contrário das empresas de e-learning, que
usam apenas a internet para ministrar cursos, a Dtecom se
vale de ferramentas que vão desde canais fechados de TV,
CDs até a internet. Em sua carteira de clientes há 60 mil
funcionários e executivos de 200 empresas. O investimento de
R$ 17 milhões para criar a Dtecom saiu de quatro sócios: os
grupos Icatu, da família Almeida Braga; Umuarama, do empresário Sérgio Prosdócimo; Mongeral e Petrelli, um conglomerado de comunicações da região Sul.

A companhia começou a ser estruturada quando o grupo venceu o leilão para operar o sistema de distribuição de sinais de via satélite em 1999. São canais de TV simultâneos que apresentam programas 24 horas por dia. São três os canais oferecidos pela empresa. O primeiro é o de auto-conhecimento ? cursos de informática, custos, orçamento. O segundo é o de gestão, onde o executivo tem aulas de marketing, administração, tecnologia. O terceiro é o canal estratégias, com palestras dadas por ?gurus? do momento, como Peter Druker. Os conteúdos são produzidos por uma equipe própria da Dtecom, ou comprados de terceiros. Entre os principais parceiros estão a Business School São Paulo e a NTUC, organização que vende programas realizados por 24 das mais importantes universidades do mundo, como o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Columbia University. Os assinantes da
Dtecom pagam R$ 795 mensais.

Outra área de atuação do grupo é a organização e administração de universidades virtuais corporativas, onde empregados de grandes empresas fazem cursos de especialização.