A Nike suspendeu o lançamento de um tênis em comemoração à independência dos Estados Unidos, celebrada em 4 de julho, depois de o ex-astro da NFL e um dos principais rostos da marca, Colin Kaepernick, questionar a estampa de uma bandeira do século 18 no produto. Segundo o ex-jogador, a Betsy Ross, modelo adotado pelos norte-americanos durante anos de 1777 e 1795, é ofensiva por remeter a um passado escravagista no país.

De acordo com o Wall Street Journal, o Air Max 1 Quick Strike já havia sido entregue para diversas redes varejistas quando a Nike pediu para que o modelo não fosse colocado à venda. O tênis deveria ter sido lançado nesta segunda-feira (1º), por US$ 140. Mesmo com o recuo, unidades podem ser encontradas em sites por até US$ 2,5 mil.

“A Nike optou por não lançar o Air Max 1 Quick Strike em 4 de julho, uma vez que apresentava uma versão antiga da bandeira americana”, afirmou a companhia em comunicado.

Kaepernick ganhou fama nos EUA após se negar a cantar o hino nacional antes das partidas da NFL em protesto ao governo de Donald Trump. O jogador foi escalado para estrear a campanha de 30 anos do lançamento do icônico slogan “Just do It”, se tornando um dos principais rostos da marca.

Este é o segundo recuo da Nike nos últimos dias. Na semana passada, a marca esportiva desistiu de lançar uma coleção de roupas na China depois de um dos estilistas responsáveis manifestar apoio aos protestos de Hong Kong e gerar repercussão negativa de clientes nas redes sociais.