A popularidade dos NFTs, sigla para “token não fungível”, que é uma obra de arte digital exclusiva, disparou em 2021. Segundo dados da startup DappRadar, que levanta transações negociadas em plataformas de blockchain, o valor total das vendas de NFT no ano passado foi de U$ 23 bilhões, mais de R$ 128 bilhões.

Para ter uma ideia do crescimento das NFTs, o volume de vendas em 2020 foi de apenas U$ 100 milhões. Apenas a casa de leilões Christie’s anunciou que vendeu U$ 150 milhões em NFTs em 2021.

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Segundo o dicionário inglês Collin, “NFT” foi a palavra do ano de 2021. O Google registrou aumento de interesse sobre o termo a partir de março de 2021, mas o pico de buscas ocorreu em agosto.

A NFT mais cara da história vendida a um único comprador foi a obra “Everydays: The First 5,000 Days”, feita pelo artista Mike Winkelmann, conhecido como Beeple: foi vendida por U$ 69,3 milhões em março de 2021.

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A mais cara de todas foi a obra “The Merge”, vendida para quase 30 mil colecionadores por U$ 91,8 milhões.

Críticas ambientais

Como depende da criptomoeda Ethereum para ser comercializada, o registro das transações é feito através de mineração, um processo descentralizado que consome muita energia.

Segundo pesquisadores da Universidade de Cambridge, processos computacionais ligados apenas à mineração de criptomoedas consomem cerca de 121,36 terawatt-horas (TWh) por ano, o que equivale a 1 bilhão de quilowatts, o consumo energético anual da Argentina, com 40 milhões de habitantes.

Somente a mineração de Ethereun, segundo o site Digiconomist, gera 89,11 TWh, comparável ao consumo elétrico anual da Bélgica. Já a emissão anual de carbono é de 42,33 toneladas métricas, semelhante ao que emite anualmente a cidade de Hong Kong.